sábado, 25 de junho de 2011

Vício!

Preciso desviciar dos Los Hermanos. Sim, sim, eu sei... nem precisa comentar. É que sou uma fã retardatária da banda, só me interessei em conhecê-la há cerca de um ano atrás, pois até então achava que nada que viesse depois do Chico no Brasil prestava. Parei num passado que nem vivi. Aliás, eu tenho um problema sério com o passado... na verdade, com o presente. Tenho muita implicância com o presente. Ele me irrita! Nada dele presta. Mas voltando aos brothers... são SENSACIONAIS! Uma qualidade, uma riqueza de letra, melodia, instrumentos, arranjos... lindo, lindo, lindo! Só que tem cerca de um ano também que nada mais entra no meu carro. Absolutamente nada! E o pior é que eu queria mais! Mas acabou. Agora, não tem mais show, não virão músicas novas... tenho que me contentar com 4 cds. Aí, eles se separaram, cada um pra um canto e ninguém mais prestou sozinho. Um projetinho legalzinho ali, outro aqui... mas nada que chegue aos pés dos Los Hermanos. Voltei à estaca zero. Again. Virei órfã também, junto com aquele bando de fãs chatos e escrotos da banda (mas eu sou legal, juro!).
Estou tão viciada, mas tão viciada, que nem eu estou me agüentando (VOU CONTINUAR USANDO O TREMA PRA SEMPRE! MUITA SACANAGEM O QUE FIZERAM COM ELE! Pronto, falei!). De verdade, que saco só conseguir ouvir LH! Tem hora que eu acho que vou explodir de tanto escutá-los. Tem dia que eu escuto a mesma música umas 6 vezes seguidas. Dá raiva!
E pra piorar a situação, não há uma banda, nem umazina sequer aqui na minha cidade que inclua as músicas dos LH no repertório. Minto, tem uma, mas ela nunca se apresenta. Justo agora que sei todas as letras de cor e salteado, ia super dar um show à parte na primeira fileira... putz grila.
O melhor é que eles não são apenas uma banda com integrantes super telentosos que tocam músicas perfeitas, são também lindos rostinhos! Até o Camelo tem uma beleza estranha. O Amarante, então! Nossa mãe, dá vontade de comê-lo todinho, literalmente, começando pela orelha esquerda, mastigando 30 vezes cada pedaço, degustando o sabor agridoce apimentado da sua carninha. huuuuummmm! Delícia cremosa! E tem o baterista, Barba, tudo de gostosinho também, vontade de fazer da pânceps dele de puff e passar o resto da minha vida ali! O cara ainda é gente boa, me responde e tudo no facebook! Olha que educação!
Enfim... a banda teve um trágico fim - porque acabar com ela em si já é uma tragédia - e eu agora ando sem rumo, ouvindo as músicas que ficaram umas 500 vezes por dia... pensando nos shows que não fui, no tempo que perdi... oh! minha vida poderia ter sido tão diferente!
Como faz agora pra deixar de ser uma viciada, delinqüente (EU SEMPRE VOU TE AMAR, TREMA, SEMPRE QUE PRECISAR, ESTAREI AQUI!) e perturbada? Como faço pra continuar vivendo e superar a morte dos meus irmãos? Dói muito, muito m esmo! Preciso desviciar e seguir minha vida.

domingo, 19 de setembro de 2010

Ah, meus amigos...

Ah, meus amigos, não vos deixeis morrer assim... O ano que passou levou tantos de vós e agora os que restam se puseram mais tristes; deixam-se, por vezes, pensativos, os olhos perdidos em ontem, lembrando os ingratos, os ecos de sua passagem; lembrando que irão morrer também e cometer a mesma ingratidão.


Ide ver vossos clínicos, vossos analistas, vossos macumbeiros, e tomai sol, tomai vento, tomai tento, amigos meus!

Anda tão coriácea esta República, tão difícil a vida, tão caros os gêneros, tão barato o amor que – pombas! – não há de ser a mim que hão de chamar ave de agouro. Eu creio, malgrado tudo, na vida generosa que está por aí; creio no amor e na amizade; nos homens em geral; nas árvores ao sol e no canto da juriti; no uísque legítimo e na eficácia da aspirina contra os resfriados comuns. Sou uma crente – e por que não a ser? A fé desentope as artérias; a descrença é que dá câncer.

Pelo bem que me quereis, amigos meus, não vos deixeis morrer. Comprai vossas varas, vossos anzóis, vossos molinetes, e andai à Barra em vossos fuscas a pescar, a pescar, amigos meus! Muni-vos também de bons cajados e perlustrai montanhas, parando para observar os gordos besouros a sugar o mel das flores inocentes, que desmaiam de prazer e logo renascem mais vivas, relubrificadas pela seiva da terra. Parai diante dos Véus-de-Noiva que se despencam virginais, dos altos rios, e ride ao vos sentirdes borrifados pelas brancas águas iluminadas pelo sol da serra. Respirai fundo, três vezes o cheiro dos eucaliptos, a exsudar saúde, e depois ponde-vos a andar, para frente e para cima, até vos sentirdes levemente taquicárdicos. Tomai então uma ducha fria e almoçai boa comida roceira, bem calçada por pirão de milho.

Não abuseis da carne de porco, nem dos ovos, nem das frituras, nem das massas. Mantende, se tiverdes mais de cinqüenta anos, uma dieta relativa durante a semana a fim de que vos possais esbaldar nos domingos com aveludadas e opulentas feijoadas e moquecas, rabadas, cozidos, peixadas à moda, vatapás e quantos. Fazei de seis em seis meses um check-up para ver como andam vossas artérias, vosso coração, vosso figado.

E amai, amigos meus! Amai em tempo integral, nunca sacrificando ao exercício de outros deveres, este, sagrado, do amor. Amai e bebei uísque. Não digo que bebais em quantidades federais, mas quatro, cinco uísques por dia nunca fizeram mal a ninguém. Amai, porque nada melhor para a saúde que um amor correspondido.

Vinícius de Moraes.
 
Amo demais!

domingo, 29 de agosto de 2010

My little sister is a zombie in a body...

Meu Deus! Como meu espírito envelheceu rápido e involuído! Aposentei-me d´uma felicidade entre sufocantes aspas. Não sei se agüento mais tropeçar em abismos, divagar por minadas trevas. Em que céu minha fé encontra-se evaporada? Em que época meus sonhos deixaram-me abandonada? Meu Deus... que alma enrugada, calejada, exaurida! Que força sobrenatural me enterra a carne tão consumida! Quando foi que socializei-me tão solitária? Meu corpo rendeu-se a que funerária? Onde foi meu enterro, que não vi? Quando foi que morri?

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Vergonha! Vergonha! Muita vergoooooonha!
Que mico! Que gorila! Que king kong!
Vou me enfiar num bueiro e fazer dele meu lar-doce lar!
O ratinho do esgoto vai ser meu melhor amigo.
Vou sumir até o mundo acabar
ou até toda minha geração morrer!
Quanta vergonha!
Nunca mais volto lá sem peruca. Never!





... vergonha, vergonha...

Verdade

Tudo é sério
Tudo é grave
Tudo dói
Todos mentem
Todos pecam
Nada alivia o peso da existência
Nem esconde o drama do ser
Sente-se demais a profundeza das coisas
E a tristeza da gente
Todos sofrem
Todos fingem
Nada é festa
A paz é vento
A vida é doída
E o destino severo
Muito grave...
Muito sério.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Valsa para Elis*

Menininha do meu coração
Eu só quero você
A três palmos do chão
Menininha, não cresça mais não
Fique pequenininha na minha canção
Senhorinha levada
Batendo palminha
Fingindo assustada
Do bicho-papão

Menininha, que graça é você
Uma coisinha assim
Começando a viver
Fique assim, meu amor
Sem crescer
Porque o mundo é ruim, é ruim
E você vai sofrer de repente
Uma desilusão
Porque o mundo somente
É teu bicho-papão

Fique assim, fique assim
Sempre assim
E se lembre de mim
Pelas coisas que eu dei
E também não se esqueça de mim
Quando você souber enfim
De tudo o que eu amei.

*Valsa para uma menininha
(Vinícius de Moraes e Toquinho)

Para minha filhota - o maior amor da minha vida - que está completando 6 meses hoje!

domingo, 15 de agosto de 2010

Convivência

No início, pensava-se que era mistério
Ar inquieto, olhar distante...
Depois, com o tempo,
Viu-se que era falta de assunto,
Um quê sem conteúdo
Que de tanto conviver,
Virou um tédio.