domingo, 29 de agosto de 2010

My little sister is a zombie in a body...

Meu Deus! Como meu espírito envelheceu rápido e involuído! Aposentei-me d´uma felicidade entre sufocantes aspas. Não sei se agüento mais tropeçar em abismos, divagar por minadas trevas. Em que céu minha fé encontra-se evaporada? Em que época meus sonhos deixaram-me abandonada? Meu Deus... que alma enrugada, calejada, exaurida! Que força sobrenatural me enterra a carne tão consumida! Quando foi que socializei-me tão solitária? Meu corpo rendeu-se a que funerária? Onde foi meu enterro, que não vi? Quando foi que morri?

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Vergonha! Vergonha! Muita vergoooooonha!
Que mico! Que gorila! Que king kong!
Vou me enfiar num bueiro e fazer dele meu lar-doce lar!
O ratinho do esgoto vai ser meu melhor amigo.
Vou sumir até o mundo acabar
ou até toda minha geração morrer!
Quanta vergonha!
Nunca mais volto lá sem peruca. Never!





... vergonha, vergonha...

Verdade

Tudo é sério
Tudo é grave
Tudo dói
Todos mentem
Todos pecam
Nada alivia o peso da existência
Nem esconde o drama do ser
Sente-se demais a profundeza das coisas
E a tristeza da gente
Todos sofrem
Todos fingem
Nada é festa
A paz é vento
A vida é doída
E o destino severo
Muito grave...
Muito sério.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Valsa para Elis*

Menininha do meu coração
Eu só quero você
A três palmos do chão
Menininha, não cresça mais não
Fique pequenininha na minha canção
Senhorinha levada
Batendo palminha
Fingindo assustada
Do bicho-papão

Menininha, que graça é você
Uma coisinha assim
Começando a viver
Fique assim, meu amor
Sem crescer
Porque o mundo é ruim, é ruim
E você vai sofrer de repente
Uma desilusão
Porque o mundo somente
É teu bicho-papão

Fique assim, fique assim
Sempre assim
E se lembre de mim
Pelas coisas que eu dei
E também não se esqueça de mim
Quando você souber enfim
De tudo o que eu amei.

*Valsa para uma menininha
(Vinícius de Moraes e Toquinho)

Para minha filhota - o maior amor da minha vida - que está completando 6 meses hoje!

domingo, 15 de agosto de 2010

Convivência

No início, pensava-se que era mistério
Ar inquieto, olhar distante...
Depois, com o tempo,
Viu-se que era falta de assunto,
Um quê sem conteúdo
Que de tanto conviver,
Virou um tédio.

Segredinho

Ainda sei escrever,
Ainda sei despachar no papel
Toda aquela baboseira do amor,
Da esperança comprometida
Sei sentir nas mãos
A angústia do abandono,
O orgulho desafiado
Sei ainda reclamar do destino traiçoeiro,
Da solidão mal vivida...
Posso borrar ainda as palavras
Com lágrimas não contidas
Mas não quero!
Quero sentir sozinha meu penar,
Quero me fechar
E enganar!
Dizer que vou bem, muito bem!
Muito além de muito bem!
Ainda sei me inspirar...
Mas de nada vou me queixar
Não vou escrever... ainda,
Mas ainda sei escrever,
Porque ainda sinto toda aquela baboseira
Do amor não correspondido, sofrido...
Mas, dessa vez, vai ficar aqui!
Bem guardadinho!
Bem seguro no meu orgulho!

Prioridades

Vivo em conflito eterno
Luto contra meu instinto
E minha missão
E não estou nem perto
De parcial realização.
Luto contra o que sinto
E batalho pela minha profissão
Mas meu útero ainda oco
Não quer esperar nem mais um pouco.
Envelheço sem parar
Vencendo o prazo de sonhar
Troco meus intensos desejos
Pela vida sem beijos.

... ah! Meus sonhos fartaram-se de mim...

Comigo

E por que não ficar só?
Por que não acordar e dormir
Na companhia de quem mais se importa comigo?
Estou só... E devo querer!
Eu me faço bem,
Não me traio nem me iludo
Não enxergo meus defeitos
E me aceito desse jeito,
Sem dramatizar.
Não quero mudar...
Quero ser só... só minha!
E ninguém mais vai me tirar de mim!

Pontes

Dinamitar pontes
Para poder avançar
Não vou me acovardar
Dinamitar pontes
E esquecer o caminho de volta
Seguir em frente
E me arriscar
Dinamitar pontes
Desprender-me da memória
E traçar metas
Dinamitar pontes
Ter coragem
Enfrentar o desconhecido
Dinamitar pontes
Dinamitar pontes
Dinamitar pontes
Não ter como voltar
Não ter como desistir
Dinamitar pontes
E lutar pela felicidade
Dinamitar pontes
Dinamitar pontes
E vencer.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Então...

Como estou sem sono, estou aqui tentando achar algum assunto para fosforilar. Ah! Lembrei que fiquei muito, muito, muito triste ontem, quando resolvi, finalmente, pegar meus dvds de back up, nos quais guardei todas as fotos da minha vida inteirinha e passar pro meu novo - que já nem é tão novo mais - notebook. Cadê? Cadê? Cadeeeeeeê???!! Shit! Fuck! Hell! P*¨%$#q&o$#%P#¨¨!!!!!! Grrrrrrrrrrrrrrrr!!! Perdi tudinho da silva! Sei que tem coisa pior, mas é phoda, viu? Nunca mais vou ver tantas fotos, tantos registros de momentos tão importantes... tanto sofrimento pra uma pessoa só! Aí escuto uma voz de fundo super desnecessária "ah... mas bom mesmo é HD externo... back up em dvd não dura nada." Por que as pessoas só falam isso depois que já elvis, hein? Por que não me aconselharam a comprar o raio do HD externo antes?
Meu passado foi pro lixo. E nem adianta falar que vai ficar tudo na memória, que esta já está bem comprometida.
Nunca mais faço back up em dvd! Vou postar tudo no orkut, pra garantir e vou comprar um HD externo. Aliás, vou revelar! Vou entulhar minha casa de álbuns de fotografia e guardar num lugar seco, arejado, abri-los de vez em sempre para que as fotos não estraguem, grudem ou peguem candidíase.

Problema sério!

Seríssimo! Muito sério mesmo! Alguém me ajuda a entender por qual motivo eu ainda não abri a caixinha do remedinho do bem, da pílula da felicidade, do comprimidinho milagroso? Aí, vou tentar dormir e fico com esses pensamentos atordoantes... Se arrepende agora, mula preguiçosa! Burra, triste e gorda! Preciso seguir o conselho de uma pessoa muito sábia e tirar um dia inteirinho pra ficar só comigo num hotel. Eu e eu. No máximo, mais eu. Só. Sem TV, sem som (mentira... Chico é sempre bem-vindo em qualquer lugar e circunstância), sem celular... Vou me encher de lexotan e adormecer minha alma!
PS: Não se preocupe, primo, não estou tendo pensamentos suicidas. É draminha básico de um galo canceriano que sofre muito, mas que tem um primo maravilhoso e uma filha dos deuses que são minha dose diária de fluoxetina.
Voltando ao drama: Preciso ir a uma roda de samba. De verdade.

Chegada

Finda a inquietude
De perdas traçadas...
Encontrei um novo lar
Por essas trilhas embaraçadas
Um lugar tão perdido
que o meu não mais me amedrontava

A alegria que agora me consome
É mais que imaginei haver
Subi! Subi com teus braços
Erguida por teus abraços
Precisos...
E cá em cima, além das grisalhas
turbulentas
O horizonte é claro
O sol arde sem queimar
A paz é elevada
E as sensações nem nome ainda têm.

Páginas

Que este lápis me inspire agora
A escrever um poema emocionante,
Que transborde esperança
E que fale de nós dois em versos simples.
Cansei do pessimismo
E de nossas feições cansadas.
Quero viver o que temos de melhor:
O amor, a paz e as carícias...
Ah... as carícias!
Quero beijar-te com vontade
Não mais ter do passado saudade.
Quero criar novas estórias
Cansei de tentar reviver as lembranças.
Quero te conhecer novamente,
Saber quem és e te convencer que mudamos
Não seremos mais o que fomos
Talvez se nos olhássemos com olhos imparciais
Nos encontraríamos outra vez.
Pra que rejeitar a felicidade
Se esta já nos pertence?
Arrastamo-nos sem motivos
E envelhecemos orgulhosos demais.
Deixemos o lápis rabiscar o que não nos serve
E viremos as páginas rasuradas
Que a esperança agora me sufoca!

Medo do amor

Fartei-me de ti, coração fardado!
Em batalha feri e fui ferida
Fiz-me refém sem ter enxergado
Que te conquistei e sou tua querida.

Assim como confundo vida e morte
Escolho sempre o que me é oposto
Viajo ao sul porque temo o norte
Recuso por não conhecer o gosto.

Já experimentaste algum dia lutar
Contra ti mesmo e contra teu jeito?
Coração! Ponha-se no seu lugar!

Contente-se em morar no meu peito!
Quero que venhas nele te abrigar
E eu só quero morar no teu beijo!

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Incondicional

Chega!
Essa será a última vez
Que guiarás meus versos!
Sinto ainda tanto amor
E tanto rancor!
Vives bem com ela
E estás tão distante
E tão perto...
Tão constante...
Fazes-me ter dó de mim
Patética, guardando sentimentos nobres
Por uma pessoa tão pobre
De espírito e decência.
Erraste... a culpa foi tua!
Não mereces alegrias
A justiça ainda me castiga
Por um pecado só teu!
Merecias ser eu...
Vou livrar-me deste entulho!
Restos inúteis que me ocupam
Tenho que condicionar meu amor
E resolver meus sentimentos.
Não sei porque ainda te guardo em mim
Como fui me apaixonar assim?
Não enxergo um motivo para te amar
Não consigo te admirar...
Não mereces nem meu desprezo
Muito menos meu perdão...
Mas amor... o amor é incondicional
É uma doença mortal
Enquanto sinto as tuas dores
E vivo teu desatino
Tu sorris no meu lugar
e roubas meu destino
mas é a última vez que falo de ti
agora, meu amor será condicionado
Porque este peito ainda é meu!

Pecado

Não te arrependas!
Foste cruel e desleal... foste covarde
Porque despertaste
Amor em quem não pretendias amar
E agora jazes em outros braços
E saboreias outro beijo
Sonhas sonhos da sociedade
Porém, padrões impostos te sufocarão,
Estás amarrado e nem percebes
E quando despertares
Verás que estes braços
Nos quais descansas tua mente
São fracos demais para suportar
O peso da tua consciência
E esses beijos que tu bebes
São cuspes sem sabor
e não escondem o gosto amargo do teu escarro
E lembrarás dos meus abraços
Fortes, que agüentaram teu corpo inteiro
E dos meus beijos também sentirás falta
Porque sugavam tuas angústias.
Eu processava tuas dores em meu corpo
E tudo que nele tu deixavas eu curava!
Tua saliva, teu suor, tuas lágrimas
Eram secretadas para dentro de mim
E eu babava
Meu corpo encharcava
E eu chorava... por ti e por mim
Sentirás falta de mim
Porque não tens depósitos para tuas secreções
E não vives mais as mesmas emoções
Mas, não te arrependas!
Pois mesmo que venhas com frases babadas,
E lágrimas acumuladas
Não consumirei teus líquidos imundos!
Tu mereces viver neste teu mundo aprisionado
Porque és produto do teu próprio pecado.

Confissão

Que época é essa que invade meu leito?
Que aperta meu peito?
E congela meu ventre?
Que força é essa que me abraça?
Felicidade que maltrata?
Nossa época agora me invade...
Não sei se sinto nosso início ou nosso fim
Mas tenho vontade de chorar...
Teus abraços são ainda tão recentes
E há tanto tempo guardo resquício de teus lábios
Quero expulsar-te de mim
Mas teu fantasma é tão pesado
Me assombra e ri de mim...
Esse cheiro do nosso passado
Me envolve e me maltrata
Me faz reviver a dor como se fosse agora
Meu amor por ti foi proporcional
Ao mal que me fizeste
Vai fazer uma eternidade que me deixaste
Mas a dor ainda é tão imediata
É da mesma forma e intensidade
Quase morro de tanta saudade...
E essa época voltou para mostrar
Que ainda te amo
Apesar da tua maldade
E desejo ver-te arrependido
E ouvir que sem mim ficaste perdido
E que sou protagonista da tua paixão
Que nada foi em vão
É o que de fato sinto
E por mais que disfarce minha saudade
Para mim não minto
Ainda morro de vontade...
Nunca mais senti felicidade...
Nunca te esqueci de verdade.

Doente

Estou doente
Não sei se de amor
Ou de vida
Não sei o que senti primeiro
A dor do amor
Ou da despedida
Sofro o tempo inteiro
Isso não é passageiro
É de janeiro a janeiro
Choro por motivos mil
Desde abril
Que nem sei se existem
Ou se foram inventados
Doeria tanto
Se não houvesse razão?
Posso eu sofrer em vão?
Ou é ausência de motivação?
Não sei que mal
Acomete meu coração...
Não sei se por viver, amei
Ou se por amar, vivi
Não sei se foi a vida
Que me tirou o amor
Ou se por amor
Estou de partida.

Tempo

Faz muito tempo
Desde que fiz meu último quadro
Usei cores à vontade
E te fiz ao meu lado
Faz tempo que não toco meu instrumento
Que não dedilho meu violão
E canto o lamento...
Faz um bom tempo
Que não falo mais de mim
E escrevo para ti
Um poema com fim
Faz tempo que não me abandono
E sinto falta de ti
Há dias o céu está grisalho
Parece que vai chover para sempre
Sinto tua falta há séculos
E te conheço desde ontem
Que eu volte a ser a primeira
Que minha mente acolherá
Que eu possa lembrar
De mim um pouco mais
E tu, serás
Por um bom tempo
Nada mais que um porém,
um resquício de quem
nunca me fez bem

Sentimentos mal resolvidos

Teus sentimentos são ondas
Que deixam nosso amor a fio!
É frágil como uma emenda dura e fina
E pode estourar quando a onda passar
Deixas-me ora triste, ora eufórica
Mas meu coração bate sem parar
E sem parar sinto tua falta
E sem parar sinto tua presença
Teus sentimentos vão e vêm
E me deixam sem saber
É amor ou não?
É para toda a vida ou em vão?
Teus sentimentos são como tu
És intenso ou te acomodas
Apaixona-te ou esfrias
Teus sentimentos me incomodam
Impedem-me de definir meu destino
Pois quando penso que me esqueceste
Pedes colo e chora a minha ausência
E quando penso que sou presente
Dói teu descaso em minha alma
Somos o que, então?
O que somos se teus sentimentos são como água?
Fluido que bate e fere
Amor mal amado
E adeus mal dado.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

O poder de "Mil Perdões"

Não sei o que essa música tem... o que nela vicia mais: a melodia delicada, gostosa de cantarolar, a letra interessante e surpreendente... e que se encaixa tão perfeitamente na melodia. Mas toda vez - TODA - que escuto um trechinho dela, já era minha semana! Fica no "repeat" no carro, na sala, no computador, na cabeça, na cozinha, no chuveiro... Escuto mais nada e não enjôo! Até tento pular para outra faixa, mas me dá saudade da bendita música... corro pra ela novamente, mais umas 347 vezes. E a melhor versão dela é a das "Mulheres de Hollanda". Que vozinha que a cantora tem... que vontade de ser ela! Como seria feliz se fosse parte de um grupo de 4 mulheres que cantam Chico pra sobreviver... que inveja dessa vida cujo principal trabalho é ouvir 500 mil músicas do melhor compositor de todos os tempos para fazer uma seleção e uma nova versão para o cd e pro show - que por sinal é lindo de morrer! Ai, ai...

Delícia de música!


MIL PERDÕES

Te perdôo
Por fazeres mil perguntas
Que em vidas que andam juntas
Ninguém faz
Te perdôo
Por pedires perdão
Por me amares demais

Te perdôo
Te perdôo por ligares
Pra todos os lugares
De onde eu vim
Te perdôo
Por ergueres a mão
Por bateres em mim

Te perdôo
Quando anseio pelo instante de sair
E rodar exuberante
E me perder de ti
Te perdôo
Por quereres me ver
Aprendendo a mentir (te mentir, te mentir)

Te perdôo
Por contares minhas horas
Nas minhas demoras por aí
Te perdôo
Te perdôo porque choras
Quando eu choro de rir
Te perdôo
Por te trair

Adoro essa música!! Chico, claro...

Tamandaré

Zé qualquer tava sem samba, sem dinheiro
Sem Maria sequer
Sem qualquer paradeiro
Quando encontrou um samba
Inútil e derradeiro
Numa inútil e derradeira
Velha nota de um cruzeiro

"Seu Marquês", "Seu" Almirante
Do semblante meio contrariado
Que fazes parado
No meio dessa nota de um cruzeiro rasgado
"Seu Marquês", "Seu" Almirante
Sei que antigamente era bem diferente
Desculpe a liberdade
E o samba sem maldade
Deste Zé qualquer
Perdão Marquês de Tamandaré
Perdão Marquês de Tamandaré

Pois é, Tamandaré
A maré não tá boa
Vai virar a canoa
E este mar não dá pé, Tamandaré
Cadê as batalhas
Cadê as medalhas
Cadê a nobreza
Cadê a marquesa, cadê
Não diga que o vento levou
Teu amor até

Pois é, Tamandaré
A maré não tá boa
Vai virar a canoa
E este mar não dá pé, Tamandaré
Meu marquês de papel
Cadê teu troféu
Cadê teu valor
Meu caro almirante
O tempo inconstante roubou

Zé qualquer tornou-se amigo do marquês
Solidário na dor
Que eu contei a vocês
Menos que queira ou mais que faça
É o fim do samba, é o fim da raça
Zé qualquer tá caducando
Desvalorizando
Como o tempo passa, passando
Virando fumaça, virando
Caindo em desgraça, caindo
Sumindo, saindo da praça
Passando, sumindo
Saindo da praça
Passando, sumindo

Sem falta!

Hoje eu começo a tomar fluoxetina! Estou angustiada, triste e obesa. Tudo isso tem cura com um comprimidinho dos deuses. Amei engravidar, parir e ter minha filhota, mas me explica, por favor, o que é o corpo da gente pós parto? Tudo bem, as roupas de antes da prenhez até cabem e a gente fica sem saber onde estão, exatamente, os 4 quilos a mais. Desconfio que estejam nos meus braços, no carão e na pelanca que sobra da barriga. Aí revejo fotos antigas... saudade do meu cabelo que não caía tanto, da barriga que não pulava sobre a calça, do rosto fino, da falta de bunda e de varizes, da pele jovem, dos bracinhos... ah, os bracinhos! E eu me achava gorda. Gorda é a mãe - que me tornei! Tá, tá... eu sei. Emagrecer os malditos 4 quilos não vão resolver todos os meus problemas. Ainda tenho que marcar dermatologista, fazer peeling, botox, preenchimento, tratamento para alopécia, marcar angiologista para me livrar dos quebra-molas que se formaram nas minhas pernas e a mais terrível atividade de todas: a física! Consegui fugir da acadamia brilhantemente até hoje, mas agora não tá dando mais para ignorar a necessidade. Saco. Tenho que comprar roupas de ginástica, escolher uma academia não muito cheia para não passar muita vergonha, tomar coragem todos os dias para sair de casa com essa finalidade, ficar horas naqueles aparelhos chaaaaaaatos e ainda persistir por vários meses até ver resultado. Odeio academia, musculação, pessoas saradas, dispostas, meu corpo murcho. Odeio. Se eu pudesse escolher, trocaria toda a maromba por yoga, aula de dança, bateria, culinária, pintura, corte e costura e choppinho diário no final do dia. Muito melhor.

Mas hoje eu começo a tomar fluoxetina... ah, começo sim! Sem falta! Segunda marco dermato e depois eu penso na academia...

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Crise

Tudo tão embolado, bagunçado, de trás pra frente, no tempo errado...
Uma angústia, uma aflição, não tem pra onde correr, não tem uma boa opção.
Tempo feio, tempo triste, abafado e nublado
Um desespero, uma labirintite, uma angina, uma revolta...
Vontade de dar meia volta, refazer minha vida inteira
Necessidade e medo de correr contra o tempo,
Covardia desesperadora de viver à minha maneira
Que merda, que merda, que merda, que merda!
Tudo embolado, bagunçado, de trás pra frente, no tempo errado!